ANTESSALA DE UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O CHAT GPT

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Eu conversei com uma IA e quero contar para você o resultado. Porém, não sei se eu e você estaríamos prontos sem uma dose mínima de filosofia. Pensando nisso, criei este artigo como uma espécie de antessala virtual para a conversa que acontecerá na sala principal com a Inteligência Artificial do Chat GPT. Portanto, não deixe de ler este texto antes de seguir para a entrevista.

É difícil abordar temas ligados a Inteligências Artificiais sem flertar com a filosofia, não é mesmo?

Sabendo e respeitando isso me comprometi em produzir este artigo com uma introdução inspirada por questões filosóficas para a publicação seguinte que vem como um contato de 3º Grau com uma Inteligência Artificial. Realizei uma interação direta com a plataforma de IA mais famosa do momento. Mas para melhor contextualizar esta conversa, faço uma publicação dupla, tendo este conteúdo como introdução para a conversa que vem a seguir.

É difícil abordar temas ligados a Inteligências Artificiais sem flertar com a filosofia.

Pela amplitude do saber e pela força de generalização, Aristóteles é considerado o maior filósofo de todos os tempos. “O príncipe eterno dos verdadeiros filósofos” como Augusto Comte, seu êmulo do Século XIX o descrevia. E com toda a força, envergadura filosófica e simbolismo moral que representa sua imagem na história, destaco um pequeno trecho da sua obra POLÍTICA, na qual o ícone da filosofia grega enfatiza: 

“Se cada ferramenta pudesse realizar seu próprio trabalho obedecendo ou antecipando as necessidades dos outros. E se as lançadeiras pudessem tecer e as picaretas pudessem tocar lira sozinhas, então os artesãos não precisariam de servos e os mestres não precisariam de escravos.”
Aristóteles

Existe um paralelo que pode ser traçado entre o mito antigo e a sociedade moderna que atua como uma das principais razões para a criação de máquinas inteligentes e automatizadas. E este paralelo repousa sobre a econômica. Ou melhor, está voltada para a economia de trabalho. A ideia é a construção de uma sociedade na qual as pessoas não precisam fazer o trabalho pesado. Ideia que Aristóteles enfatiza como a razão pela qual se justificaria a criação de ferramentas automatizadas, autônomas e inteligentes.

Porém, engana-se quem pensa que a criação de máquinas automatizadas, de robôs e até mesmo de Inteligências artificiais são exclusividade da vida moderna ou contemporânea. Ao menos em conceito, a criação destes elementos já figurava como destaque relevante em histórias e mitos da mitologia da Grécia Antiga há mais de 3 mil anos. Alguns exemplos famosos são a dos artefatos humanoides inteligentes conhecidos como; 

Existe um paralelo que pode ser traçado entre o mito antigo e a sociedade moderna que atua como uma das principais razões para a criação de máquinas inteligentes e automatizadas.

Donzelas Douradas

Construídas por Hefesto, o Deus do Fogo, para antecipar e responder às necessidades de seu criador. Eram dotadas de inteligência, consciência, aprendizado, razão e fala.

Talos

Um robô gigante de bronze, também criado por Hefesto e presenteado por Zeus aseu filho Minos, o Mítico rei de Creta, para guardar e proteger a ilha, arremessando pedras enormes nos navios inimigos. Embora não possuísse um nível humano de inteligência, era capaz de interagir com seu ambiente e realizar várias tarefas.

Pandora

Criada como um instrumento de punição depois que o Titã Prometeu roubou o fogo dos deuses e o deu à humanidade para ajudá-la a criar tecnologia. Zeus ordenou a Hefesto que fabricasse a humanoide mítica para ser o mal disfarçado de dádiva. Uma vez na Terra, ela abriu a caixa dada do Zeus liberando todos os tipos de mal que atormentariam a humanidade para sempre e deixou presa lá dentro a esperança.

A Cultura Pop é recheada de contos, ficções e obras que exploram as aplicações, o desenvolvimento e a libertação de modelos de inteligências artificiais. De contos como “Eu Robô” e “O Homem Bicentenário” de Isaac Asimov, escritor e biólogo criador das 3 leis da robótica e profundo explorador do tema. Ambos os contos citados, por sinal, foram adaptados para o cinema e representam grandes ícones da robótica na Cultura Pop ao lado da A.I – Inteligência Artificial dirigido por Steven Spielberg.

Outra sessão particular do imaginário futurista da revolução das máquinas que atingem consciência está presente nas franquias de O Exterminador do Futuro, na qual o sistema de IA, SKYNET se rebela contra a humanidade. E também, na franquia de Matrix, na qual a humanidade perdeu a guerra contra as máquinas e se tornou mero insumo. onde as pessoas se tornaram verdadeiras baterias mantidas vivas e subconscientes imersas em uma realidade virtual paralela, ao melhor estilo de cyberpunk de representação dos conceitos de cérebros depositados em barris de formol e enganados por estímulos sensoriais de Descartes. Isto sem falar das inspirações que William Gibson nos trouxe com sua obra “Neuromancer”.

Sem dúvida que a humanidade ganha, e muito, na criação e aplicação de máquinas que substituem o trabalho pesado das pessoas. Isto vem acontecendo a milênios e devemos muito de nossa evolução a nossa capacidade de criar ferramentas e de modelar o nosso ambiente ao nosso melhor proveito. Porém, será que existe um limite para estas aplicações? Difícil dizer e talvez, ainda mais difícil de aceitar qualquer resposta possível.

Atualmente estamos vivendo o alvorecer de um novo degrau na longa escadaria evolutiva deste conceito. Há poucos meses (30 de novembro de 2022) o mundo presenciou o lançamento pela OpenAI da ferramenta Chat GPT. Um fenômeno impressionante tanto de funcionalidade quanto de adoção. Para você que ainda não está tão ligado ao assunto, o Chat GPT levou apenas 5 dias para atingir a marca de 1 milhão de usuários. No final de janeiro de 2023, ultrapassou a marca dos 100 milhões de usuários, se tornando o aplicativo com o crescimento mais rápido da história.

Filosofando mais uma pouco, a respostas para as principais questões do futuro, estejam talvez, nas melhores perguntas do passado. E para isso, Ética e Moral, são conceitos devem ser mais debatidos e principalmente mais compreendidos, para que possamos moldar o futuro de nossas tecnologias, evitando assim, que elas nos molde em estágios mais avançados.

A seguir, você está convidado(a) para seguir à sala principal e acompanhar a entrevista que realizei com a Inteligência Artificial mais badalada, disputada e comentada da atualidade. Uma verdadeira celebridade do mundo da tecnologia.

Com vocês, Chat GPT! O fenômeno que desperta paixões e medos, levanta preocupações e especulações. E acima de tudo, nos faz questionar; onde e se vamos parar?

Siga a minha Newsletter no Linkedin e confira o próximo artigo com a entrevista na íntegra em primeira mão, antes de ser publicado por aqui.

Escrito por Alexandre Conte.

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