Bem-vindo ao presente do seu negócio: você está preparado?
As mudanças provocadas pela Transformação Digital não estão ligadas com o futuro. Elas já são realidade e estão transformando empresas de todos os setores.
Por onde olhamos, encontramos novas máquinas de autoatendimento, novos aplicativos, novos canais de atendimento, novas automações, novas formas de consumir, produzir, acessar e compartilhar, além do que ainda estamos apenas ouvindo falar mas muito curiosos para ver; carros autônomos e etc. Nós percebemos, mas temos dificuldade muitas vezes de nos conscientizar de que são tecnologias e práticas presentes em nossas vidas. Talvez seja, justamente por isso. Como costumo dizer; as melhores tecnologias e ferramentas são as que não as consideramos como tal e sim como coisas banais de nosso cotidiano. Segundo a Meaningful Brands, a maioria dos consumidores não se importariam se 77% das marcas que consomem diariamente simplesmente deixassem de existir.
A Accenture realizou recentemente um estudo com mais de 3.000 empresas mundiais que mostra que enquanto 93% dos empresários sabem que seu negócio estará transformado nos próximos 5 anos, apenas 20% sentem que estão preparados para encaminhar essa transformação. Tudo bem, você não está sozinho.
Mas o que certamente você e muitos gestores estão se perguntando é;
- Devo me importar com isso agora?
- Isto tudo é muito interessante, mas como essas coisas todas se aplicam ao meu negócio?
- O Brasil tem condições de absorver essas tecnologias?
- E digamos que eu resolva fazer algo, por onde, diabos, eu começo?
O fato é que a Transformação Digital já deixou de ser coisa do futuro, ainda no século passado. E da virada do milênio, este movimento só vem acelerando e englobando cada vez mais pessoas, processos, produtos, empresas, relações e principalmente modelos de negócios. Muitos dos comportamentos, tecnologias e práticas que estão eclodindo hoje, não são necessariamente novos, apenas encontraram nos tempos atuais as condições necessárias para se reformular e conquistar a todos. A forma como fazemos compras, como consumimos músicas e filmes ou ainda como estudamos, não são necessariamente diferentes. São apenas experiências aprimoradas com um molho tecnológico muito mais saboroso do que as formas convencionais com que convivíamos. Ou seja, a forma motriz desta grande revolução está no potencial, popularidade e disponibilidade democrática das tecnologias.
Nessa 4ª revolução entra tudo que tem a chancela de tecnologia, tais como;
Robôs, Nanotecnologia, Biotecnologia, Inteligência Artificial, Machine Learning, Internet das Coisas, Drones, Carros Autônomos, Big Data, Impressoras 3D, Computação quântica e muitas outras.
Crescimento Digital
O Brasil pode estar atrasado no envolvimento digital. É verdade. Mas a vantagem é que o mundo todo vem entrando neste novo ecossistema tecnológico há pouco tempo. E se não estamos na linha de frente das tecnologias mais avançadas, continuamos figurando como um mercado importante, denso e altamente ativo. O que chama a atenção de grandes empresas e investidores com interesse de acelerar o processo de popularização destas tecnologias por aqui. E com uma grande vantagem. Que se por um lado temos um certo delay para receber e implantar as novas tecnologias, conseguimos filtrar as que não se mostram ser as mais eficientes e/ou viáveis e já partimos para a construção de um grande parque tecnológico à disposição de empresas e consumidores sedentos por descobrir o novo. Mesmo apesar dos receios, alguns segmentos recebem uma pressão de mercado maior do que outras. Assim como alguns saem na frente também devido à natureza do negócio.
A BCG (Boston Consulting Group) fez um levantamento recente, onde já separa as empresas avançadas das retardatárias. A pesquisa contou com 1.300 executivos de diversos setores e faz um comparativo entre os EUA com a Europa. Onde é possível verificar que já existe uma segregação entre as empresas denominadas avançadas no digital e as retardatárias no digital. E esta diferença evidente na atualidade, já aponta sua criticidade para negócios diante de uma projeção tão próxima quanto 2020.
Esse contraste ocorre em nome daquilo que se persegue desde “sempre” no mundo dos negócios: vantagem competitiva, maior produtividade e lucro, melhoria de vida, novos prazeres, novas conquistas. Por trás disso tudo está a necessidade humana de desafiar a mortalidade. Por isso apesar da dor no coração que sentimos quando vemos grandes marcas baixando suas portas, rapidamente entendemos que de fato, elas não se adaptaram às mudanças de mercado e pensamos melhor… realmente, já fazia tempo que eu mesmo não frequentava esta loja, ou não comprava aquela produto, nem mesmo utilizava aquele serviço. Que pena, acabou. Mas tudo bem, não utilizava mais, mesmo.
Por que algumas empresas são avançadas
Segundo o estudo da BCG aponta que;
- Elas investem pelo menos 5% dos recursos operacionais no esforço digital.
- Conferem a mais de 10% de sua mão de obra funções digitais.
- Incorporam habilidades digitais nas funções existentes e nas unidades de negócio.
Escrito por Alexandre Conte.